domingo, 27 de maio de 2018

EuroTrip - Segundo dia - Neuchâtel


Saí do hostel em Milão super cedo até a estação central para pegar meu trem às 07 horas. Uma viagem tranquila até Berna e de lá peguei novo trem até Neuchâtel para encontrar com a minha amiga Milica. No caminho já veio aquela ansiedade pela sensação de ver a neve pela primeira vez, tipo com a paisagem abaixo da janela.



Cheguei em Neuchâtel e fui recepcionado por minha amiga, seu namorado e o cunhado. Fizemos um breve passeio pela charmosa e encantadora cidade. Não conhecia o "hot wine" ainda, mas digo que foi bem usado durante o restante da viagem, pois tem em todo lugar da europa pra essa época. Também almoçamos num lugar bem frequentado da cidade com cerveja local e diversão.



Fomos pra casa e jogamos "jenga" por um período e mais já no fim da tarde nós fomos para os arredores da cidade para uma corrida de kart junto aos amigos dela que vieram de diversos países para trabalhar na região. Foi a minha primeira vez no kart e a sensação foi maravilhosa. Cansativo, é verdade, mas é prazeroso!


Terminou assim o primeiro dia nessa cidadezinha linda no interior da Suiça! :)


quinta-feira, 15 de março de 2018

Eurotrip - Primeiro dia - Milão


Finalmente pude planejar e realizar uma nova aventura em terras europeias. Nesta oportunidade, muitos países estavam previstos no meu roteiro de cerca de 20 dias. Meu voo foi pela companhia Air France em parceria com a Gol, saindo de Belo Horizonte, com conexões no Rio de Janeiro e Paris. 

Cheguei em Milão no dia 23/02 pelo aeroporto de Malpensa e o melhor meio de transporte para ir até a cidade é o trem que custa 13 euros e tem o trajeto aproximado de uma hora. Desci na estação Garibaldi e peguei o metrô até a região do hostel em que eu tinha feito reserva. Gogol'Ostello & Caffè Letterario é um bom local de hospedagem e tem acesso fácil a estação do metrô, mas o preço é meio salgado para viajantes como eu, pois paguei R$ 117,00 na diária. Uma dica importante quanto ao uso do metrô, é que existem várias opções para a compra do bilhete e é sempre bom observar alguma que te atenda melhor no período que permanecer na cidade. No meu caso, foi interessante a compra do bilhete de 4,50 euros, o qual permite utilização ilimitada do metrô por 24 horas a partir da validação do ticket.   

Após deixar as coisas no hostel, já parti em direção a região da Catedral Duomo, cujo acesso também se dá por metrô. Encontrei com amiga de amiga para entregar um presente. hehe

Caminhamos ali pela região enquanto batíamos papo arranhando no nosso inglês (ela é da Lituânia), até que no final da tarde já despedimos para que ela fosse trabalhar e eu voltei para a região do hostel. Pelo cansaço, apenas fui a um restaurante comer um belo macarrão e descansar, pois no dia seguinte eu tive que sair às 06 horas da manhã para o próximo destino. 

domingo, 23 de outubro de 2016

君は小宇宙を感じたことがあるか


Bom, me deu vontade de voltar a escrever!! O título da postagem? Você já sentiu o cosmo alguma vez?

Essa pergunta é tradicional do anime Saint Seiya, marcado desde a minha infância até os dias atuais, com importante aprendizado durante meu crescimento. Tenho conversado muito com um amigo que se mudou para Recife e estávamos falando sobre as dificuldades da vida, nossas lutas diárias. Nesse sentido, diante do que nós temos vivenciado, ele fez uma analogia com o contexto da Casa de Leão, naquela luta do Seiya com o Aiolia. Nessa batalha da quinta casa no Santuário, restou a demonstração de que não importava quantas vezes o Seiya caía, ele sempre se esforçava e levantava em busca do objetivo maior, mantendo a chama do cosmo e esperança.

Coincidentemente, eu havia postado esse título em meu facebook, mas na escrita em romaji. Admiro algumas coisas da cultura japonesa, especialmente por conta dos mangás que li e animes que acompanhei. No último Anime Friends eu fiz dois cosplays e acompanhei o show especial dos 20 anos de Cavaleiros do Zodíaco, realizado com os cantores originais japoneses e os cantores brasileiros, foi mágico!! 

Após o evento, passei a me interessar mais ainda, não sei o motivo. Recentemente vi um link patrocinado do curso NihonGo do famoso Ricardo Cruz e comecei a me aventurar para aprender um pouquinho de japonês! Tem sido interessante e divertido brincar com os flashcards para aprender as letras em hiraganá, mantendo a vontade de futuramente conseguir ler mangás com esse alfabeto. 

Vamos ver até onde isso vai me levar! 

Europa, Parte III - Atenas e Santorini




Postagem tardia, mas importante manter o registro de uma das viagens mais fodas que já fiz! Parti de Belgrado e cheguei na terra prometida em fim. Como cresci assistindo o anime Saint Seiya e interessado em mitologia, estar em Atenas foi fantástico. Me hospedei em um hostel próximo e com vista para a famosa Acrópole. Como mania tradicional já parti pra explorar os arredores com meu mapinha da cidade. Me chamou muito a atenção de que em menos de 30 minutos três gregos foram super solícitos para prestar informações sem eu procurar por isso. Acho que eu tinha cara de perdido, mas também o pessoal tem hospitalidade fantástica ali.

Na primeira tarde/noite não foi possível fazer tanta coisa. Após explorar feiras, lojas e como entrar na Acrópole, já experimentei a Moussaka com um vinho, prato típico e bem gostoso! Conheci um casal de brasileiros hospedados no mesmo quarto, o que facilitou a guarda da minha bagagem, pois parti para Santorini logo na madrugada para o voo às 07 horas da manhã. Considerando que ficaria apenas um dia na ilha e que o custo para guarda da bagagem era muito alto, combinei com ele de deixar a mala grande no quarto e voltar no dia seguinte, mas obviamente levei todos pertences de valor na mochila pela empresa low coast - Ryanair.

Em Santorini, o primeiro dia foi mágico! Após chegar no pequeno aeroporto, peguei um ônibus pra capital da ilha - Fira. Fiquei hospedado em um hotel excelente, com vista para o mar. Estranhei um pouco a falta de hospitalidade local se for comparar com Atenas, mas nada que prejudicasse o andamento da viagem. Fiz o passeio pela capital que tem muitas lojinhas e tals, pegando em seguida ônibus para a praia de Perissa. Praia com areia preta, uma montanha enorrrrme e água absurdamente gelada pra época. Talvez pela época do ano, estava praticamente abandona. O que me chamou atenção foi um grego que reconheceu a camisa do Cruzeiro que eu vestia.

Retornei à capital para seguir meu caminho para Óia, a famosa cidade em que as pessoas tiram as fotos clichês e curtem o pôr do sol. De fato, maravilhoso!!! Encantado com essa parte e caminhar pelas casinhas e corredores até achar o ponto ideal para apreciar.



Considerando que o sol se põe muito cedo e o horário do último ônibus, tive que sair correndo loucamente pra não perder o horário. Assim que retornei à capital, fiz passeio durante a noite pra também me alimentar bem e retornar ao hotel, já que ao próximo amanhecer eu voltaria pra Atenas. Ai que a coisa mudou completamente. Por volta das 23 horas passei pela recepção do hotel e perguntei se era tranquilo de fazer o check-out 06 horas da manhã. O cara dizia que não teria voo no dia seguinte por conta de "strike". Eu não sabia o que isso significava e perguntei por diversas vezes até entender que era uma greve no aeroporto - desesperei. Procurei no meu e-mail e realmente dizia sobre o cancelamento de todos os voos e remarcação para o dia seguinte. Não conseguia a opção de remarcar, apenas de reembolso e ai o desespero aumento absurdamente, pesquisei até custo de navio. Na ausência de alternativa, me restou ir ao aeroporto no horário do voo, mas também não tinha ônibus, ai fui obrigado a pagar 15 euros num táxi. Chegando lá, parece que muitas pessoas sequer sabiam do cancelamento. Havia um guichê para remarcações e assim consegui para o dia seguinte em horário semelhante. Solicitei para a atendente um hotel, já que não era erro meu, tendo ela me passado um número de telefone para que às 13 horas eu ligasse para ser direcionado ao hotel escolhido pela RyanAir. Peguei táxi novamente e voltei ao hotel para tirar um cochilo ainda pela manhã.

Saindo do hotel, procurei um cartão de telefone público por quase toda a capital, tendo enorme dificuldade em conseguir um e obrigado a pagar 4 euros. Liguei diversas vezes para o tal número e ninguém atendeu. O que eu poderia fazer já que não tinha mais dinheiro suficiente para pagar novamente um hotel? Tentei pegar um quadriciclo para ir até o aeroporto, mas estava tão nervoso que sequer consegui conduzi-lo. Não tive escolha a não ser ir a pé com uma caminhada de 1h30m até o aeroporto. Chegando lá, adivinha? Não tinha uma alma, tudo apagado, trancado, sem segurança nem ninguém para prestar informação. Por conta da greve, eu não poderia utilizar ônibus pra voltar à capital. Novamente, outra caminhada de 1h30m de subida para retornar já anoitecendo. Tinha dois problemas: falta de grana pro hotel local, hostel em Atenas reservado, minha bagagem no hostel com os brasileiros que falei lá atrás. Pedi pra ligar em Atenas e falar com os brasileiros, não deixaram (esqueci de pegar o whatsapp antes), mas consegui deixar a reserva do hostel apenas pro dia seguinte. Pedi pra usar o wi-fi da recepção do hotel pra fazer contato com a cia. aérea no twitter, chat online e e-mail. Depois de insistir, não sabiam informar de hotel para os passageiros, não deram opção pra isso. Falaram que eu poderia pagar um hotel e tentar reembolso depois, mas não era garantido. Eu dizia A QUESTÃO É QUE NÃO TENHO DINHEIRO PRA PAGAR. Como resposta? Estou comovido com sua situação, mas nada posso fazer. Falei com meu irmão pra depositar grana no meu cartão pré-pago pra salvar o final da viagem, tinha algo ainda reservado pra Atenas, óbvio. Única que eu pensava era, tipo, fudeu! Saí pelo centro no sonho de encontrar algo pra comer super barato e descolei um macarrão por 4 euros. Retornei ao aeroporto a pé, após 21 horas e na estrada escura. Sem lugar pra dormir, era minha única opção dormir no deserto. Fiz a toalha de cobertor, usei a tomada da porta do aeroporto para assistir uma série, descolei um lugar camuflado pra dormir e cochilei o que pude. Às 06 horas da manhã começava a chegar o pessoal para o voo, este adiado por duas vezes, saindo apenas após 09 horas.

Em Atenas, assim que cheguei ao hostel descobri que os brasileiros haviam ido embora, o que me deu uma leve preocupação da minha mala, mas gentilmente eles deixaram no quarto de bagagens. Pedi o cel deles, mas não quiseram me passar. Queria tanto ter agradecido! Enfim, iniciei a nova saga, conhecendo o museu em frente a acrópole, espetacular e barato - MITOLOGIA! Em seguida fui pra Acrópole, conseguindo pagar meia entrada com carteirinha do Brasil, olha só! É difícil descrever a sensação de estar ali, que já começa ao subir as escadas - MÁGICO. Com ingresso barato que dava acesso a diversos lugares (Acrópole, Ágora, Templo de Zeus, Teatro de Dionísio, Museu) respirar a história, estar em frente aos Templos de Deuses que cresci acompanhando desde o anime Saint Seiya, até meus tempos de RPG no orkut.

Atenas merece a postagem de muitas fotos, essa primeira demonstra que dá pra ver toda a cidade lá de cima! Templos dedicados à Athena, Poseidon, Artemis. Alguns templos passaram por restaurações ao longo dos séculos (por conta de guerras, invasões tipo dos Persas) e alguns ainda passam por reformas, como por exemplo o Parthenon, a mais importante construção da Acrópole. O Parthenon possui estruturas colossais, tendo sido construído em meados de 400 A.C, em homenagem à Deusa Athena. No passado, tinha uma estátua em sua homenagem, infelizmente destruída.



A árvore oliveira situada atrás do Templo Erechtheion, possui valor simbólico e história importante. Segundo a história, houve uma guerra entre Poseidon e Athena, tendo esta oferecido um ramo de oliveira considerado como ato que deu origem também ao nome da cidade. Detalhe da foto, tive dificuldade com as pessoas pra tirar as fotos, o povo não sabe fazer bons registros.



Na sequência, é preciso postar a foto do Templo de Athena Nike, restaurado, mas sem acesso tão próximo, pois é isolado após a entrada pelos portões da Acrópole.



Já abaixo da Acrópole, caminhando pelas trilhas de mata de Ágora, se encontra o Templo de Hefestos, isolado do restante. Se não me engano, também construído 400 anos a.c, e chegou a ser utilizado como igreja já vários séculos depois. Em relação aos demais, possui estrutura menos danificada.


Abaixo da Acrópole também fica localizado o Teatro de Dionísio. Na outra entrada da Acrópole também há um Teatro criado pelos romanos, imitando o grego.


Templo de Zeus, construído cerca de 5 séculos a.c,, dentre os que visitei é o que possui as colunas mais colossais, enormes a perder de vista.  isolado do restante das construções, inclusive da Acrópole, mais centralizado na cidade com avenida passando ao lado, por exemplo. Se não me engano, concluído pelo Imperador Adriano posteriormente. Infelizmente, destruído em boa parte. Pela foto, é possível ver a Acrópole bemmm lá ao fundo. Tinha algo interessante antes da área do templo, no Arco de Adriano. Antigamente havia escrita de: Essa é Atenas a antiga cidade de Theseus. De outro: Essa é a cidade de Adriano e não de Theseus.




Último dia. Caminhei pela cidade observando que também existem diversas construções colossais, como biblioteca, centro de estudos, cenários políticos e até o palácio do governo. Voltando à história, após o Templo de Zeus está o famoso estádio Panathenaico, local dos primeiros jogos olímpicos, em 1896. É curioso estar ali e imaginar as competições, bem como o público. Ele possui visita interna sendo possível caminhar pelo túnel até um salão onde se encontram todas as tochas olímpicas e os cartazes dos jogos. Talvez minha foto mais bonita ou marcante foi no pódio do local.




Por fim, tinha marcado de pegar estrada por 70km até ir ao Templo de Poseidon no Cabo Sunion, onde diziam que havia um lindo por do sol. Sai no horário indicado pelo pessoal do hostel, mas quando cheguei ao local às 14h30m, disseram que o horário estava errado e o ônibus sairia apenas 15h30m, inviabilizando ir e voltar, tendo em vista que o sol estava se pondo por volta de 16h30m, 17hs, infelizmente. Continuei a caminhar pela cidade até à noite, comendo o último prato típico possível, me restava apenas os 5 euros para pegar o ônibus de volta ao aeroporto na manhã seguinte. O dinheiro que pedi para meu irmão depositar? Não caiu na conta, eu não tinha mais nada e sequer pude comprar presentes para trazer aos familiares e amigos.

A volta foi complexa e cansativa. Hoje vejo que poderia ter feito rotas diferentes, ao invés de ir e voltar pelas cidades que passei, acreditando ser mais barata a compra das passagens. Sendo assim, sai para a Belgrado, de lá parti para Istambul, permanecendo a noite toda no aeroporto, partindo depois para Madri. Minha alimentação? Bem aproveitada de todos os voos que fiz!! Em Madri, sem o dinheiro do meu irmão, não pude sair do aeroporto, mas ao menos consegui comprar um combo do McDonalds e estourar meu cartão de crédito de vez. Esperei no aeroporto por mais de 10 horas até finalmente pegar o voo de volta para São Paulo.

Como meu irmão me disse na primeira viagem internacional que fiz anos atrás, para viagens de mochileiro, sozinho, explorando, é natural que problemas aconteçam, basta aprender a lidar com eles e tirar proveito das situações, olhando pelo lado positivo. Essa viagem foi sensacional, vivenciei muita coisa, conheci muita gente, aprendi muita coisa, tive que me virar em diversas situações, o que torna tudo experiência e histórias pra contar. Quase um ano se passou desde a realização dessa viagem. Não vejo a hora da próxima oportunidade de fazer algo assim, espero que não demore muito!!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Europa, parte II - Belgrado e Novi Sad


Depois da bagunça que arrumei por perder o voo de Barcelona, parti de Madri pra Belgrado num voo da Turkish Airlines, ótima cia aérea por sinal. A alimentação foi tão diferente que eu mal sabia como comer, noob!!! hahahaha
Tive uma escala em Istambul por cerca de duas horas e não havia possibilidade de sair do aeroporto enorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrme daquele lugar. Muito interessante a quantidade de pessoas e como já é forte a marca de uma cultura completamente diferente por ali.

Bom, em Belgrado eu já tirei a sorte grande. Após chegar no aeroporto e retirar minha bagagem, fui logo parado pela Polícia Federal da Sérvia, o único, claro. Meu inglês não estava tão ruim já, mas também não estava fodão pela falta de prática. O policial começou a fazer diversas perguntas sobre o que eu fazia lá, se era a primeira vez, se eu ia só em Belgrado, quanto tempo ia ficar, sobre minhas amigas, de onde as conheci, até que comecei a embolar de tanta resposta rápida que tinha que dar. Sendo assim, chegou a parte de ter que verificar toda a minha mala, retirar roupa a roupa, item a item, fazer testes e inclusive questionar meus medicamentos para eu explicar pra que serviam. Como explicar em inglês? haha
Após a conclusão de que não sou potencialmente perigoso, assinei um documento em sérvio que dizia que não havia sido encontrado nada comigo. Assim que sai, encontrei minha amiga e logo já perguntei pra ela o que realmente estava escrito, já que assinei. Vai que... né?

Nos dias que passei na Sérvia eu fiquei na casa da minha amiga Katarina. A hospitalidade de sua família foi tamanha que eu me senti como se estivesse em casa. O período em Belgrado foi de muita conversa, muita reflexão por todo um contexto de vida, especialmente com as amizades que tinhamos em comum, importante para que eu pudesse finalmente me "desprender" de problemas passados. Estive na cidade também em 2014, mas havia sido diferente, pois dessa vez eu fui disposto a experimentar e vivenciar de tudo. 

Diferente dos outros países, o mês de novembro na Sérvia é mais intenso já com a proximidade do inverno rigoroso, a noite era congelante e tomei bronca por lavar a cabeça e não secar direito já que o cabelo poderia quebrar, pois pra mim não havia problema algum.

Da viagem como um todo, a estadia em Belgrado e oportunidade de estar com minhas amigas fez com que esses dias também fossem pra parte de badalação. A primeira noite foi engraçada porque estivemos num local em que parecia ser para pessoas mais velhas e com música ao vivo da Sérvia, meio que estilo brega. Conheci algumas amigas de amigas, mas que não falavam tanto inglês e certa vergonha para tal. Uma delas, provavelmente é a mulher mais linda que já vi na minha vida. Em outra noite já com a Milica (outra amiga) e os amigos dela, em uma balada próxima ao rio, além de ter passado em pub antes. Após chegar na Katarina de madrugada, já tendo bebido vinho e cervejas, ainda encontrei ela e a amiga bebendo rakija (tipo cachaça) e também bebi. Após tantos anos eu fiquei bêbado, foda hahahahahahahaha. A última noite foi sensacional, fomos pra uma kafana (taverna) com os amigos da Katarina, galera bebeu e se divertiu, contou histórias, estive mais a vontade no meio do povo e se esforçaram pra conversar em inglês também, pena que já era a última noite. Curioso é que as pessoas fumam muito por lá e em ambientes fechados, incomoda um pouco às vezes.

Durante a parte do dia eu visitei parques, fui ao zoo e vi cangurus (oinn *__*), também fui ao Museu do Nikola Tesla, bem legal ver sua importância mundial também. Tomei cafés no centro, conheci coisas da cidade e conversei bastante com minhas amigas. Na casa da Katarina, posso dizer que comi muito e muito bem! Os hábitos são bem diferentes e eu não estava acostumado a isso (mesmo na primeira vez que estive lá). A comida é de qualidade e em abundância. A mãe da Katarina, apesar de não falar inglês, sempre fez pratos diferentes e gostosos e com aquela preocupação de mãe mesmo né, se eu estava gostando, alimentando bem. Agora, ela fazia um bolo absurdamente gostoso, o melhor que já provei na vida!! Ainda vou tentar fazer um aqui, mas certamente não será igual.

Em um dos dias, fui com a Milica e seu namorado para Novi Sad, que fica a 1 hora de Belgrado, rumo ao norte da Sérvia. A cidade é a segunda maior do país, acho que cerca de 300 mil habitantes. Como toda cidade grande, possui trânsito e certa movimentação. Nosso destino principal foi atravessando o Rio Danúbio para a aglomeração de Petrovaradin, onde fica uma gigantesca e importante fortaleza, construída entre os séculos XVII e XVIII. Com uma bela vista, do alto é possível entender como o ponto é bem estratégico com a visão ampla para os inimigos durante eventuais invasões. Achei lindo todo o contexto da fortaleza, com as casas que parecem abrigar algumas famílias ainda abaixo, os milhares de tijolos, os túneis e o relógio que curiosamente possui o ponteiro da HORA maior, conveniente para visualização das embarcações, com provável vista a sumir do horizonte. Jantamos por lá, o custo de vida na Sérvia é tão barato que o prato que escolhi juntamente com o vinho (que não faço ideia do nome haha) deve ter sido por volta de 10 euros (convertendo da moeda local), gentilmente pago pela Milica e seu namorado. Ainda passamos pelas ruas da cidade e fomos a uma Pub Irlandesa, bebendo a guinness, antes de retornar a Belgrado.

A Sérvia é um país único. O país, assim como os vizinhos, passou por tantos problemas, desde a época do Império Otomano, Império Austro-húngaro, primeira e segunda guerra mundial, além da guerra de Kosovo, muitas batalhas e sofrimento. Entretanto, é um povo que possui hospitalidade e vive bem, mesmo com a economia não sendo tão forte e a moeda não sendo valorizada. As pessoas são muito bonitas e educadas, sendo que as mais jovens geralmente falam inglês também. 

Das minhas amigas, só tenho gratidão por me receber mais uma vez por lá, são uns amores!! Nos conhecemos em 2012 durante o período delas em BH e sempre que puder eu faço questão de visitá-las. Amizade, consideração e admiração vão muito além de distância, de continentes e de idiomas. Espero que entre 2016 e 2017 eu possa retornar e passar um tempo com elas novamente.

Finalizando esses dias em Belgrado, parti pra Atenas pela cia aérea Air Serbia na esperança de conhecer a cidade com a maior riqueza cultural do mundo diante de todo contexto da mitologia que acho fascinante.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Nova aventura pela europa - Parte I, Madri e Barcelona




Faz tanto tempo que não escrevo, mas pela ideia interessante de uma amiga decidi detalhar a experiência dessas minhas férias. O ideal seria fazer a postagem de acordo com o andamento, mas não foi possível. Sendo assim, vou dividir as histórias pelos três países que passei.

Saí de Belo Horizonte no feriado de finados rumo ao primeiro destino: a famosa Madri, capital da Espanha. Já com mais experiência por ser a segunda oportunidade, tive um voo tranquilo e ainda pela companhia aérea brasileira TAM. Único fato (pra mim engraçado) foi que um menino de 15 anos sentou ao meu lado e meio que copiou tudo que eu fazia ou pedia, engraçado pra mim porque é exatamente o que faço quando estou meio perdido em terras estrangeiras. Esse menino ainda usou o travesseiro e queria deitar em cima de mim, mas fiz o favor de acordá-lo hahaha

Chegando no aeroporto, estava um pouco tenso porque a Espanha é, em tese, o país mais complicado em relação à entrada na Europa, mas o controle sequer me perguntou algo ou pediu, bateu o carimbo no passaporte e liberou o acesso (Ufa!). Me hospedei no hostel Las Musas, indicado por um amigo viajante, mas não me agradou muito. Não sei se foi pelo clima das pessoas ou da cidade, achei o povo ali tanto da recepção quanto os viajantes um pouco frios. Para aproveitar a tarde, caminhei pelas proximidades até o Palácio Real, Mercado de São Miguel e Plaza Mayor, onde ali haviam alguns torcedores do PSG já no esquenta pro jogo mais tarde. Também vi um flamenguista e fui logo trocar uma ideia hehe

Assustei com o tanto que a temperatura caiu a noite e não me arrisquei a sair pra badalação muito tarde, pois teria que ir para Barcelona logo às 05 da manhã. Infelizmente, tive que pagar um táxi para não perder o voo, já que não havia ônibus ou metrô nesse horário até o aeroporto. Devo ter dormido no máximo duas horas, já que havia um indivíduo roncando horrores no quarto ¬¬

BARCELONA!! Encantado por lá! Fiquei só por um dia, mas achei a cidade SENSACIONAL! Cheguei cedo ao hostel St. Jordi Rock Palace e deixei a bagagem grande até o horário do check-in. Havia um paulista também de chegada e um francês que eu não sabia se fazia parte da equipe do hostel, mas estava lá batendo papo com a gente em português. Quando eu falei que era de Belo Horizonte ele me solta um "bão demais", foi foda! hahahah
Estava sem dormir, mas sai pra aproveitar o dia todo! Logo trombei com o paulista na rua e demos o rolê juntos! Passamos pela Plaza Catalunya, chegando ao Porto e de lá verificamos a praia de Barceloneta. A vontade foi tanta de entrar que paramos pra comer em um lugar, fizemos check-in no hostel e voltamos a pé pra praia, curtir a cerva e o ambiente bacana ali. Corajosos, caímos no mar gelado também \o/
Retornei mais cedo, pois tinha que ir ao Camp Nou, único motivo pelo qual eu decidi ir à cidade inicialmente. Tomei um banho, vi o trajeto e sai com a camisa do Barça de 21 anos atrás, época do Romário, todo feliz!! Tranquilaço pra ir de metrô e mega ansioso à medida que fui aproximando do estádio. Cheguei com cerca de 40 minutos de antecedência e o estádio, bem dividido para o acesso por setores, estava bastante vazio. As pessoas entram praticamente na hora do jogo. Sensação indescritível de estar nesse estádio mítico!! Estive muito perto do gramado, vi bons lances e gol do Neymar. Uma pena que o Messi não tenha jogado. A torcida é bem diferente do Brasil, o que tornou interessante, especialmente em questão de educação hahaha

Voltando ao hostel por volta de meia-noite, a galera estava saindo pra bebedeira e decidi ficar, pois mal consegui ficar de olhos abertos de tão cansado. Lembrando que mal dormi no voo, mal dormi em Madri e andei o dia todo em Barcelona, decidindo então dormir até às 08hs pra poder ver algo antes de ir ao aeroporto. Infelizmente, o cansaço estava tão grande que eu capotei e sequer ouvi meu despertador, acordei no susto às 10:30 e acabei perdendo meu voo de volta pra Madri, este sendo meu grande vacilo na viagem. Fui ao aeroporto, com pensamento de "o que eu faço?", pois tinha o voo pra Belgrado no mesmo dia. Passei por várias companhias aéreas, pedi auxílio de amigo no cartão de crédito e pesquisa de trens, mas o certo mesmo é que fiquei sem muita escolha a não ser desembolsar 125 euros da minha grana (que fez muita falta lá na frente) pra comprar uma passagem pela Voeling, empresa low cost.

De qualquer forma, achei Barcelona bem diferente de Madri. Barcelona tem cara mais brasileira, mais alegria e simpatia nas pessoas, clima melhor, praia, muitos turistas e um charme diferente. Certamente voltarei um dia!!


domingo, 20 de fevereiro de 2011

Diário de um motociclista - Parte IV, Final.



No último dia, acordei e aprontei minhas coisas pra partir. Fui até o bar e propus uma troca com o dono: Ficar sem o café da manhã pra compensar a grana que eu não tinha pra coca-cola. Naturalmente ele não aceitou e quase me obrigou a tomar café. Aceitei a oferta e sai de lá por volta de 09:30hs, seguindo por outra estrada de terra que teoricamente teria como destino final o município de Corinto. Prossegui por alguns quilômetros, cerca de 10 ou 15, e cheguei a uma espécie de distrito que parecia possuir apenas duas ruas. Parei e perguntei a uns caras pra onde eu deveria ir, já que não havia indicação. Um deles, gentilmente veio me explicar que havia duas opções e eu logo pedi a mais rápida e tranquila. Sendo assim, segui todas as orientações do camarada, pegando a estrada da direita e sempre que estivesse diante de uma bifurcação, entrando à direita, até que eu me encontrei dentro de uma fazenda. /WTF
Isso foi foda, pq eu peguei cada trecho sem noção e em uma subida mega cabulosa eu acabei derrapando com a moto e quase cai novamente. Fiz tanta força com a perna que minha queimadura passou a doer loucamente debaixo da calça jeans.

Retornei um pouco e peguei à esquerda, andando mais alguns bons quilômetros e logo me deparei com um rapaz numa moto conversando com duas senhoras. Ele me disse que eu estava retornando para Conselheiro Mata, ou seja, sentido oposto. COMO? T_T
Felizmente esse rapaz voltou comigo até o bendito distrito e me indicou o caminho correto da estrada que eu seguiria por 12km até Monjolos, entrando sempre à esquerda. Passei por Monjolos e segui mais uns 15km até Santo Hipólito e de lá finalmente peguei asfalto até Corinto e por lá almocei. Ai segui sem mais problemas passando por Curvelo, chegando à 040 e descendo no meio do super movimento de caminhões. Para minha alegria, nas proximidades de Sete Lagoas caiu um pé d'água do nada e como vi que seria passageiro, me molhei mesmooooo, preferi não parar. Cara, cheguei em casa por volta das 17hs. Super cansativa a volta, devido aos trechos errados na estrada de terra.

De balanço geral nesses 860km rodados em 4 dias, eu só posso dizer que foi uma viagem super válida e proveitosa. É claro que passei por dificuldades na estrada de terra (pra não dizer o resto), até porque minha moto não é voltada para esse meio e eu não tenho experiência alguma nesse sentido, mas nada como uma boa aventura!! É na vivência que a gente aprende atalhos, caminhos, soluções e acaba tendo sempre uma melhor percepção de tudo. Estar de mochilão por ai é um sonho, de fato! De tão bom que é viajar assim, estar nas belas cachoeiras e lugares que nunca havia passado, a gente acaba sempre pensando além.

E quem sabe um dia eu vá buscar algo mais. Nada é impossível, basta ter vontade!