quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Diário de um motociclista - Parte I

Desde que eu me aventurei a comprar uma moto e passei a ter prazer em utilizá-la, tive como sonho fazer uma longa viagem na famosa 125cc. Já cheguei a ir a Ouro Preto e Viçosa, mas sempre quis mais. Felizmente nesse período de férias eu estou realizando esse sonho.

Sair de mochilão por ai sem rumo, NÃO TEM PREÇO!

No dia 08/02 fui me aventurar! Era pra ter saído pela manhã, mas devido ao calor extremo e consequente dificuldade para dormir na noite anterior, decidi esticar um pouco mais o descanso e pegar estrada à tarde e assim o fiz. Parti rumo a Conceição do Mato Dentro por volta das 14:30/15hs. Já na garagem me veio a primeira dúvida: Amarrar o mochilão na moto ou botar nas costas mesmo? À princípio eu amarrei na moto, mas durante o percurso ainda em Belo Horizonte eu não senti firmeza e acabei desfazendo tudo, levando o gigante e pesado mochilão nas costas, o que certamente me levou a um maior desgaste, apesar de sentir segurança.

Sai pela Linha Verde, que oferece super tranquilidade para os condutores. Passei por Lagoa Santa, seguindo pela estrada da Serra do Cipó. Todo o trecho estava sem placas de identificação para o meu destino, mas segui adiante. Na Serra, ainda sem placas, prossegui por uma estrada que não parecia estrada (hein?) e era cheia de curvas em uma enorme (ênfase no enorme) subida. Maravilhado com a bela paisagem, parei por duas ou três vezes para fotos, apreciações devidas e oportunamente hidratar. Dei sequência ao trajeto e percebi que estava literalmente sozinho na estrada, sem veículos de lá ou de cá e fui tranquilo observando as belas vistas com o olho no combustível, já que ainda não havia placa identificando o destino e nem postos para abastecimento.

Após muito tempo uma placa era avistada: o destino estava a 35km. Mal cheguei à cidade e já pedi informação da Serra da Ferrugem e fui pra lá enquanto ainda era dia. A partir daí foi uma luta: 9km de estrada de chão, terra, areia, cascalho (teve de tudo). Nas proximidades do Mirante eu quase levei um mega capote por causa da areia. Foi tenso demais. Minha moto definitivamente não é apropriada em meios assim, mas não me deixou na mão. Cheguei ao Mirante da Serra e pude observar a bela visão de toda a cidade e arredores e naturalmente fui tirar mais fotos e descansar um pouco por ali enquanto me perdia em alguns pensamentos. Retornei antes de escurever e por incrível que pareça eu quase cai no mesmo lugar (um truque não funciona duas vezes?) e desci em torno de 20, 30km/h, por vezes até parando a moto, pois tentar desviar de algo pode ser fatal, já que a minha moto tende a deslizar e caso utilizar o freio traseiro em terra também não é uma boa. Cheguei vivo, achei hotel em conta, sair pra comer e dar uma volta, capotei hehe

Que venha o dia seguinte!

Um comentário:

Bruno Melo disse...

Hey Muuuu,

Eu tinha visto que você postou, mas só tive tempo de ler agora..hahaha

E vou por partes, que sua viagem rendeu posts.

Porra, fiquei com vontade de fazer mochilão agora, mas não de moto. Eu tenho problemas com moto, mas ignorando isso, como assim pegar estrada que NÃO parece estrada? o_O

E você quase caiu? Duas vezes? Na primeira quase queda e eu já não subia de novo na moto, vendia ela ali mesmo e voltava de onibus (acreditando não ter aeroporto por perto).

"(um truque não funciona duas vezes?)"

Só não funciona se você for um cavaleiro do zodiaco oiq- não resisti a piada.

HUAHUAHUAHUAHUAHU

Porra que começo foda de viagem.

Vou ler mais depois \o